segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Vulcão dos Capelinhos - Actualidade

O Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos (CIVC), inaugurado em 2007, encontra-se submerso nas areias vulcânicas, enterrado até à cota do terreno antes da erupção. Neste espaço, é possível fazer uma viagem virtual e inter-activa que, descreve o fenómeno ocorrido nos anos 1957-58 e enquadra-o, no plano científico, com o vulcanismo a nível mundial. No final da visita, pode-se subir ao farol (157 degraus!) e observar a paisagem vulcânica circundante.

Debaixo das cinzas vulcão. Salão de entrada do CIVC.

Escadas de acesso ao topo do Farol dos Capelinhos.

Vista central do Vulcão dos Capelinhos, a partir do Farol.

Cornucópia (direita do vulcão).

Baía (esquerda do vulcão).

As toneladas de diversos materiais piroclásticos soltos aqui depositados dão à paisagem de tons negros e avermelhados um misto de aspecto lunar - marciano, que se acentua à medida que subimos e nos aproximamos do cone central do vulcão. Trilho no Vulcão I.

Trilho no Vulcão II.

Trilho no Vulcão III.

Trilho do Vulcão IV.

Vista da costa para Norte Pequeno, a partir do monte das cinzas submarinas.

A caminho do cone central (fase terrestre), numa das vertentes do monte das cinzas (fase submarina), a vida vegetal parece voltar timidamente...

No final da erupção, o cone central tinha 160 m. Encosta que ainda resiste ao tempo e à erosão.

A erosão tem reduzido o volume do vulcão. Cerca de metade do cone já colapsou.

A aridez majestosa do lugar. Monte das cinzas submarinas.

Farol, baía e cais vistos do Vulcão dos Capelinhos.

Mais de cinquenta anos passados, ainda há muitos vestígios da erupção e da crise sísmica associada que levaram ao abandono de muitas habitações no Capelo e à fuga para os EUA de 15 mil faialenses, metade da população da ilha! Em consequência da acção política dos senadores democratas John O. Pastore e John F. Kennedy (que viria, em 1961, a ser Presidente e, dois anos mais tarde, assassinado), houve uma autorização especial para aumentar a cota da emigração açoriana, justificada pela perda de bens. Uma cópia do documento foi oferecida ao CICV, pelo Embaixador dos EUA em Portugal.

União Vulcânico!... Só o nome intimida!... Se a união faz a força, um vulcão leva tudo à frente! Quando eu era criança e via os jogos do Varzim na 1ª divisão, acompanhado pelo meu pai, ouvia, quando o árbitro “roubava” o clube da casa, os insultos da assistência mais exaltada, que terminava sempre com o clássico, gritado a plenas guelras: “Vais ao mar, filho da p…!”. Imagino, por breves instantes, no silêncio e na solidão deste pelado negro empoeirado, um penalti mal assinalado contra o União e a revolta da multidão: “Vais ao vulcão, filho da p…! “Arena Stadium” do União Vulcânico (1990-2006), Capelo.