sábado, 15 de outubro de 2022

Na costa da Galiza

 Pela costa galega acima, desde A Guarda até ao Cabo Finisterra.

Foz do Rio Minho, Caminha e Ínsua a partir do Monte Santa Trega, A Guarda.

Dois mil e quatrocentos anos separam a Citânia da moderna A Guarda.
Vista norte do Monte Santa Trega.

Calcula-se que tenham vivido na Citânia Santa Trega entre 3 a 5 mil habitantes. O noroeste peninsular fazia parte das rotas comerciais púnicas ou cartaginesas que, desde o século IV a.C., percorriam a costa atlântica. O povoado perdeu importância com a romanização, em resultado do desenvolvimento das vias terrestres e do urbanismo nas terras baixas.

Reconstituição de uma habitação da citânia: 
construção em pedra, planta circular e cobertura de colmo.
Vista sul do Monte Santa Trega.

Mirador Thalassa. Vista da costa galega para sul, 
em direção ao Farol Silleiro, arredores de Baiona.

Na estrada costeira PO-552 A Guarda - Baiona, ainda é possível observar bunkers mandados construir por Franco, aquando da 2.ª Guerra Mundial, temendo uma eventual invasão marítima.

Mirador Playa de Cristales, junto ao Farol Vello de Silleiro.

Baiona. Aqui aportou, em 1 de março de 1493, a caravela "A Pinta", 
no regresso da primeira viagem à América de Cristóvão Colombo.

Muros, pequena povoação costeira fundada no século XIII. 
Desde sempre as suas vivências estiveram ligadas ao porto e ao mar.

A angústia de quem espera. Muros.

Cartaz sobre "As marcas dos pescadores" de A Guarda e da Póvoa de Varzim.
Praça da Galiza, escadaria do Mercado de Muros.

Uma das caraterísticas da arquitetura civil de Muros é a existência de amplas galerias, com pórticos de arcos redondos ou em ogiva e...

...edifícios com dois andares, com varandas brancas fechadas feitas de madeira e vidro.

Ao longo da costa galega existem extensos areais protegidos do oceano aberto, devido ao recorte das rias. Carnota, Pindo e Ézaro são exemplos de belas praias que, em outubro, estão desertas.

Durante mais de mil anos, as pessoas percorreram os caminhos de Santiago até à Catedral, mas, para um pequeno número, a longa caminhada ainda estava incompleta. A partir da Praça do Obradoiro outro percurso surgia a oeste: chegar ao "fim da terra". Do ponto de vista geográfico, o Cabo Finisterra não é o ponto mais ocidental da Europa continental. Contudo, desde a Antiguidade, o local atraiu viajantes que chegavam até aqui para contemplar o fim do mundo que conheciam.

Farol do Cabo Finisterra visto do Café/Centro de Interpretação.

Havia o hábito de queimar uma peça de roupa como símbolo de "renascimento".
Hoje, essa prática está proibida. Mas, em muitos visitantes, permanece o desejo de deixar uma marca da sua passagem, por vezes, de formas pouco agradáveis à vista e ao nariz...

Cabo Finisterra: fim da viagem, princípio do regresso a casa.
Um abraço ao Elísio Marques, pelas preciosas informações.