O Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos
(CIVC), inaugurado em 2007, encontra-se submerso nas areias vulcânicas,
enterrado até à cota do terreno antes da erupção. Neste espaço, é possível
fazer uma viagem virtual e inter-activa que, descreve o fenómeno ocorrido nos
anos 1957-58 e enquadra-o, no plano científico, com o vulcanismo a nível
mundial. No final da visita, pode-se subir ao farol (157 degraus!) e observar a
paisagem vulcânica circundante.
Debaixo das cinzas vulcão. Salão de entrada do
CIVC.
Escadas de acesso ao topo do Farol dos Capelinhos.
Vista
central do Vulcão dos Capelinhos, a partir do Farol.
Cornucópia (direita do vulcão).
Baía (esquerda do vulcão).
As toneladas de diversos materiais piroclásticos
soltos aqui depositados dão à paisagem de tons negros e avermelhados um misto
de aspecto lunar - marciano, que se acentua à medida que subimos e nos
aproximamos do cone central do vulcão. Trilho no Vulcão I.
Trilho no Vulcão II.
Trilho no Vulcão III.
Trilho do Vulcão IV.
Vista da costa para Norte Pequeno, a partir do monte
das cinzas submarinas.
A caminho do cone central (fase terrestre), numa
das vertentes do monte das cinzas (fase submarina), a vida vegetal parece
voltar timidamente...
No final da erupção, o cone central tinha 160 m . Encosta que ainda resiste
ao tempo e à erosão.
A erosão tem reduzido o volume do vulcão. Cerca de
metade do cone já colapsou.
A aridez majestosa do lugar. Monte das cinzas
submarinas.
Farol, baía e cais vistos do Vulcão dos Capelinhos.
Mais de cinquenta anos passados, ainda há muitos
vestígios da erupção e da crise sísmica associada que levaram ao abandono de
muitas habitações no Capelo e à fuga para os EUA de 15 mil faialenses, metade
da população da ilha! Em consequência da acção política dos senadores
democratas John O. Pastore e John F. Kennedy (que viria, em 1961, a ser Presidente e,
dois anos mais tarde, assassinado), houve uma autorização especial para
aumentar a cota da emigração açoriana, justificada pela perda de bens. Uma
cópia do documento foi oferecida ao CICV, pelo Embaixador dos EUA em Portugal.
União Vulcânico!... Só o nome intimida!... Se a
união faz a força, um vulcão leva tudo à frente! Quando eu era criança e via os
jogos do Varzim na 1ª divisão, acompanhado pelo meu pai, ouvia, quando o
árbitro “roubava” o clube da casa, os insultos da assistência mais exaltada,
que terminava sempre com o clássico, gritado a plenas guelras: “Vais ao mar,
filho da p…!”. Imagino, por breves instantes, no silêncio e na solidão deste
pelado negro empoeirado, um penalti mal assinalado contra o União e a revolta
da multidão: “Vais ao vulcão, filho da p…! “Arena Stadium” do União Vulcânico
(1990-2006), Capelo.