Nunca cá vivi, nem
conheço a cidade na ponta dos dedos. No entanto, movimento-me sem grandes
problemas na malha urbana do centro. Quatro anos de visitas a Ponta Delgada
deram-me esse estatuto e fizeram com que adquirisse alguns hábitos de que gosto:
tomar café no Largo da Matriz, comprar fruta no mercado municipal, espreitar a
programação do Teatro Micaelense, folhear um
livro na Livraria Solmar, imaginar aventuras transatlânticas nos veleiros da
marina, comer peixe grelhado num restaurante da baixa, contemplar o horizonte
no Miradouro da Ermida da Mãe de Deus, caminhar na Avenida Infante D. Henrique
até às Portas do Mar e beber uma Melo Abreu Especial numa esplanada. Nesta
viagem, acrescentei mais um: tomar chá verde Gorreana na Louvre Michaelense, uma antiga chapelaria centenária, reaberta
recentemente e reconvertida numa mercearia gourmet.
Num lindíssimo domingo de manhã (coisa rara, céu sem nuvens!), dou um passeio a
pé pela cidade, ainda meio adormecida pela febre de sábado à noite e pela hora
madrugadora, e despeço-me destes lugares e destes pequenos prazeres, sem
certezas de um novo regresso, mas sempre com o renovado desejo de voltar.
Portas da Cidade, Praça Gonçalo Velho Cabral.
Portal Sul da Igreja Matriz de S. Sebastião.
Largo da Matriz.
Louvre Michaelense, Rua António José de Almeida.
Mercado Municipal.
Marina.
Rua do Arco.
Teatro Micaelense.
Rua de S. João.
Ermida da Mãe de Deus.
Portas do Mar.