Foi na Povoação que,
conforme refere Gaspar Frutuoso, em Saudades
da Terra, se iniciou, na década de quarenta, do século XV, o povoamento de
S. Miguel, com gentes vindas de diversas regiões do Reino. Junto ao porto, há
monumentos que assinalam este facto e encontra-se a Matriz Velha, uma das mais
antigas igrejas da ilha, que, no decorrer do tempo, sofreu várias obras que alteraram
a fachada e a estrutura originais. Não há praticamente turistas na vila, nem nas
freguesias da costa Sudeste, entre a Serra da Tronqueira e o Atlântico. É neste
fim do mundo micaelense que fica o Sanguinho, um lugar inspirado pelo nome
comum da planta endémica Frangula azorica
http://siaram.azores.gov.pt/flora/flora-vascular/sanguinho/1.html.
A partir do Faial da Terra, é necessário percorrer, a pé, um trilho de 1.5 km,
que sobe, em ziguezague, a encosta de uma montanha. Rodeado por matas e quedas
de água, o povoado é constituído por vinte casas e foi abandonado nos anos setenta,
por causa da ausência de condições de habitabilidade e da emigração. No
passado, foi erguido para os agricultores ficarem mais próximos das suas terras
e estarem protegidos das cheias e das tempestades que ocorriam no Inverno. Actualmente,
várias habitações estão em processo de recuperação, recheadas com o conforto e
os equipamentos modernos, com vista à ocupação de quem foge de multidões e faz
do sossego o lema das suas férias.
Faial da Terra I.
Faial da Terra II.
Sanguinho I.
Sanguinho II
Sanguinho III.
Sanguinho IV.
Matriz Velha, Povoação.
Portal do Povoamento, Povoação.
Homenagem aos primeiros povoadores, Povoação.