“Alguns parques de
maravilha, algumas casinhas caiadas de branco, duas ou três com aspecto fidalgo
– e uma falsa tranquilidade, o ar de quem faz isto espalhafato para nos iludir
e atordoar – talvez para nos apanhar desprevenidos… Mas eu tranquilo é que não
durmo em cima do vulcão…” Assim descreveu Raul Brandão, em 1924, a sua passagem
pelas Furnas, no final do seu périplo açoriano, n`As Ilhas Desconhecidas. Na realidade, o famoso vale é a cratera de
um vulcão, adormecido desde 1630, mas que, através de manifestações em lume
brando - fumarolas que impregnam o ar de enxofre, terras cinzentas que
borbulham, vapores que cozem alimentos, piscinas termais de água quente - nos
lembra, constantemente, a sua presença (http://siaram.azores.gov.pt/vulcanismo/vulcao-furnas/_texto.html).
O Parque Terra Nostra
(PTN) é a maravilha das Furnas. Fundado em 1775, por Thomas Hickling, então
Cônsul dos Estados Unidos, é reconhecido pela riqueza e diversidade de plantas e
árvores endémicas e exóticas do seu jardim botânico (http://www.parqueterranostra.com/pt-pt/home.aspx).
Tomar
banho no tanque do parque é uma experiência única pela sensação de bem-estar.
As águas ferrugentas são provenientes de uma nascente de água termal e
encontram-se a uma temperatura que oscila entre os 35ºC-40ºC. Antes de relaxar
o corpo e rejuvenescer o espírito, a única preocupação do banhista reside na
escolha da roupa para evitar surpresas desagradáveis no final. No meu caso, não
fiquei a perder: entrei na água com uns velhos calções brancos e saí com uns
novos cor de tijolo!
Na mata das Furnas.
Fumarolas junto à Lagoa das Furnas.
Preparação do cozido das Furnas.
Lagoa das Furnas.
Um elefante furioso ataca o fotógrafo
perante a indiferença do temível Leão das Furnas.
Piscina termal e Casa do Parque I, PTN.
Piscina termal e Casa do Parque II, PTN.
Jardim botânico I, PTN.
Jardim botânico II, PTN.
Fumarolas no centro da vila I.
Fumarolas no centro da vila II.
Fumarolas no centro da vila III.
Lagoa das Furnas a partir do Pico do Ferro