Do alto da Ermida
Senhora da Paz vê-se o recorte da costa, o ondulado da paisagem provocado pela
existência de vários cones vulcânicos, o diálogo permanente entre o verde do
campo e o azul do mar e, ao fundo, Vila Franca do Campo, a primeira capital da
ilha, destruída por um terramoto em 1522. Ali nasceu, em 1562, um dos
aventureiros mais desconhecidos dos séculos das Descobertas, o jesuíta Bento de
Góis, o primeiro europeu a percorrer o caminho terrestre da Índia para a China, através da Ásia Central. No centro, à semelhança de outras vilas dos Açores, destacam-se o equilíbrio e a elegância dos edifícios mais antigos, na sua dualidade cromática branco-cinzento. O basalto fortalece aquilo que a cal suaviza.
Contudo, a principal atracção de Vila Franca é o ilhéu, distante 500 metros da costa e 1200 metros do cais. No seu interior, há uma lagoa quase circular de 150 metros de diâmetro, com ligação ao mar. Estima-se que se tenha formado há 4-5 mil anos, em consequência de uma erupção vulcânica submarina. (http://siaram.azores.gov.pt/zonas-costeiras/ilheu-vila-franca-campo/ZonasCosteiras-Ilheu-Vila-Franca-do-Campo.pdf). No porto, existem ligações regulares com o ilhéu durante a época balnear, limitadas a 400 pessoas por dia. Em pleno Agosto, os bilhetes desaparecem em poucos minutos. Tal como outros, fiquei a ver barquinhos a caminho do ilhéu.
Praça Bento de Góis.
Ilhéu de Vila Franca, visto da Ermida Senhora da Paz.
Ilhéu de Vila Franca, visto da costa.
Imagem aérea do Ilhéu.
Fonte: gcorrea.tumblr.com
Postal - Vila Franca a partir do Ilhéu, 1908.