sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Oslo II

Paisagens da alma

O dramaturgo Henrik Ibsen (1828-1906) guarda o Teatro Nacional. "O homem mais forte do Mundo é aquele que permanece sozinho", em "Um Inimigo do Povo", 1882.



Casa da Ópera. Inaugurado em 2008, foi projetado pelo estúdio de arquitetura Snøhetta, autor de obras como a Biblioteca Alexandrina, no Egipto, o Memorial 11 de Setembro, em Nova Iorque, ou a extensão do Cofre Mundial de Sementes, em Svalbard. Design atraente, fachada branca feita em mármore de Carrara e vistas deslumbrantes sobre o fiorde de Oslo.


No terraço da Casa da Ópera I e II.




Museu Munch. Dedicado à vida e à obra do pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944). A juventude foi marcada pelas tragédias familiares e pelo medo da loucura: a mãe e irmã mais velha morreram de tuberculose, enquanto a irmã mais nova sofria de problemas mentais. Na idade adulta, o alcoolismo e a instabilidade emocional levaram-no a ser internado numa instituição psiquiátrica. Após oito meses de tratamentos, a alma atormentada deu lugar a um espírito mais otimista, que conservou até ao final da vida. O seu legado artístico é reconhecido universalmente, por ter dado forma pictórica à vida interior e à psique do homem moderno. As suas pinturas de pavor existencial, ansiedade e solidão tornaram-se ícones intemporais.


“Melancolia Noturna”, 1896. Munch nas palavras de Knausgård: “No que se refere à arte norueguesa, a ruptura chegou com Munch; foi nas suas pinturas que, pela primeira vez, o homem ocupou todo o espaço. Enquanto no Iluminismo o homem se subordinava ao divino e no Romantismo à paisagem onde era retratado – as montanhas são vastas e ameaçadoras, o mar é vasto e ameaçador, até as florestas são vastas e ameaçadoras, enquanto os homens, sem exceção, são pequenos -, com Munch a situação inverte-se. É como se os seres humanos engolissem tudo, tornassem tudo seu. As montanhas, o mar, as árvores e as florestas, tudo é colorido pela humanidade. Não por ações humanas e pela vida exterior dos homens, mas pelos seus sentimentos e pela sua vida interior.”

“A Minha Luta: 1. A Morte do Pai”, Karl Ove Knausgård, pág. 194.


O amor é cego. O “Ciúme” é verde, 1907.


Um “Vampiro” apodera-se de Munch, 1895.


“O Sol”, a força da vida e da criatividade. Mural na Universidade de Oslo, 1911.


“O Grito” enquanto angústia do homem moderno. Concebido em 1893, em Kristiania (Oslo, na atualidade), quando Munch estava a caminhar ao pôr do sol e "ouviu o enorme e infinito grito da natureza".


“O Grito” enquanto expressão de horror. A tomada de posse presidencial de Donald Trump, em 2017, pelo cartoonista britânico Peter Brookes. Cenário em aberto para 2025…


“O Grito” enquanto fenómeno de massas, em 2024.


“Autorretrato”, 1895.




Interior do Museu Munch I - IV








Na livraria do Museu. Uma proposta para a compreensão da obra de Munch.


Na livraria do Museu. Um livro politicamente incorreto.


Oslo que anoitece. À espera do elétrico na paragem do autocarro.