sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Oslo III

A vida na pedra

Parque Frogner, Instalação Vigeland. Construído nos anos 40, do séc. XX, pelo escultor Gustav Vigeland (1869-1943), para contar a jornada do homem, do berço ao túmulo, através de esculturas em granito e bronze.


Monólito. Estrutura de 14 metros, composta por 121 figuras humanas entrelaçadas, esculpidas num bloco de granito. Os corpos sugerem o ciclo da vida e a luta pela existência.

Diferentes estados de ânimo em diferentes etapas da vida: 

Criança birrenta.

Adolescência feliz.


Desejos na meia idade.


Preocupações partilhadas.


Velhos pensativos.


Câmara Municipal (esquerda). Todos os anos, a 10 de dezembro, realiza-se a cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz, no Salão Principal.


Salão Principal, a sociedade norueguesa nos anos 50, Henrik Sørensen.

Salão Principal, friso da ocupação alemã, 1940-45, Alf Rolfsen.



Passadeira inclusiva.


Centro 22 Julho. A exposição permanente documenta os ataques terroristas em Oslo (foto) e na ilha de Utøya, a 40 km da capital, em 22 de julho de 2011. Os eventos são reconstruídos com imagens, textos, filmes e objetos. A exposição mostra as reações aos ataques, as manifestações de pesar e o julgamento que se seguiu.  Numa sala à parte, as 77 vítimas são relembradas através dos nomes, dos rostos e das suas histórias de vida. Há uma biblioteca e uma sala pedagógica para receber e desenvolver atividades com alunos.


 

Ilha de Utøya, fotografada em 22 de julho de 2011. O filme “22 July”, Peter Greengrass, 2018, baseado no livro “One of Us”, Asne Steierstad, 2013, retrata os acontecimentos e o julgamento.



Var Frelsers Gravlund. No “Cemitério do Nosso Salvador” estão sepultadas figuras de renome, como Munch, Ibsen ou Vigeland. Memoriais em pedra inseridos num longo e ondulado relvado, composto por espaços de repouso e atravessado por caminhos públicos que facilitam as andanças pela cidade. A leveza contrasta com o peso dos mármores do sul da Europa. 


Aker Kirke. Construída por volta de 1100, a única igreja medieval de Oslo manteve-se católica até à Reforma de 1536, quando o Luteranismo-Protestante se tornou a religião oficial da Noruega. Uma lenda refere que a igreja está apoiada em quatro pilares de ouro e que, no fundo, há um lago, com um tesouro guardado por um dragão. Os habitantes afirmavam que, por vezes, saía vapor sulfuroso do chão proveniente das narinas do bicho… O fascinante imaginário da mescla das crenças pagãs com a religião popular. Um detalhe observável noutras igrejas luteranas: no quadro informativo há uma bandeira LGBT, algo, por enquanto, impensável no sul católico e conservador europeu.


Bairro Gamle Aker. Numa cidade composta maioritariamente por edifícios de madeira e sujeita a vários incêndios ao longo da sua História, pouco resistiu até aos nossos dias. As exceções são Damstredet e Telthusbakken, duas ruas de paralelepípedos, com casas do final do século XVIII e da primeira metade do século XIX. No centro de Oslo, fica-se com a sensação que se está no campo.


Em 1991, estive em Oslo pela primeira vez. À época, viviam na capital e em Bergen vários refugiados da América Latina, que tinham fugido das ditaduras militares do Chile e da Argentina. Hoje, a paisagem social é bastante diversificada, como comprova esta equipa de basquetebol. Há descendentes de diversas proveniências que fazem parte da Noruega do século XXI.


Grünerløkka. Durante o século XIX, a noroeste de Oslo, começaram a surgir grandes fábricas, dando origem a um novo bairro operário junto ao rio Akerselva. Ao longo do século XX, o bairro transformou-se num espaço comercial alternativo e num palco animado para músicos e artistas de rua.


Dois cangurus à solta numa zona residencial.


Numa antiga fábrica do século XIX reconvertida em Praça de Alimentação Mathallen.


Na Ponte Ankerbrua, evocação de “Peer Gynt”, a peça de Ibsen e a música de Grieg.


Thorvald Meyers, Grünerløkka.


Casas de sauna e mergulhos no fiorde diante da Casa da Ópera.


Fortaleza Akershus. Construída por volta de 1290. Durante a ocupação alemã (1940-45), foi usada como prisão, local de tortura e fuzilamento dos opositores. No final da guerra, Vidkun Quisling, líder do governo pró-nazi da Noruega, foi condenado à morte e executado no pátio da fortaleza (foto). Hoje, é um espaço multiusos ao serviço do Estado: Museu da Resistência, organização de eventos e Mausoléu Real.


Doca de Oslo.


Aker Brygge. Passeio marítimo, com arquitetura moderna, galerias de arte e restauração variada.


Aker Brygge. Astrup Fearnley Museet. Museu de Arte Contemporânea construído pelo arquiteto italiano Renzo Piano, autor do Centro Georges Pompidou, em Paris. 


Aker Brygge. Banho de sol em dia de chuva.