A
vida na pedra
Parque Frogner, Instalação Vigeland. Construído nos anos 40, do séc.
XX, pelo escultor Gustav Vigeland (1869-1943), para contar a jornada do homem,
do berço ao túmulo, através de esculturas em granito e bronze.
Monólito. Estrutura de 14 metros, composta por 121
figuras humanas entrelaçadas, esculpidas num bloco de granito. Os corpos
sugerem o ciclo da vida e a luta pela existência.
Diferentes estados de ânimo em diferentes etapas da vida:
Câmara Municipal (esquerda). Todos os anos, a 10 de dezembro, realiza-se a cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz, no Salão Principal.
Centro 22 Julho. A exposição permanente documenta os ataques
terroristas em Oslo (foto) e na ilha de Utøya, a 40
km da capital, em 22 de julho de 2011. Os eventos são reconstruídos com
imagens, textos, filmes e objetos. A exposição mostra as reações aos ataques,
as manifestações de pesar e o julgamento que se seguiu. Numa sala à
parte, as 77 vítimas são relembradas através dos nomes, dos rostos e das suas
histórias de vida. Há uma biblioteca e uma sala pedagógica para receber e
desenvolver atividades com alunos.
Ilha de Utøya, fotografada em 22 de julho de 2011. O filme “22 July”, Peter Greengrass, 2018, baseado no livro “One of Us”, Asne Steierstad, 2013, retrata os acontecimentos e o julgamento.
Var Frelsers Gravlund. No
“Cemitério do Nosso Salvador” estão sepultadas figuras de renome, como Munch,
Ibsen ou Vigeland. Memoriais em pedra inseridos num longo e ondulado relvado, composto
por espaços de repouso e atravessado por caminhos públicos que facilitam as
andanças pela cidade. A leveza contrasta com o peso dos mármores do sul da
Europa.
Aker Kirke. Construída por volta de 1100, a única igreja medieval de
Oslo manteve-se católica até à Reforma de 1536, quando o Luteranismo-Protestante
se tornou a religião oficial da Noruega. Uma lenda refere que a igreja está
apoiada em quatro pilares de ouro e que, no fundo, há um lago, com um tesouro
guardado por um dragão. Os habitantes afirmavam que, por vezes, saía vapor
sulfuroso do chão proveniente das narinas do bicho… O fascinante imaginário da
mescla das crenças pagãs com a religião popular. Um detalhe observável noutras
igrejas luteranas: no quadro informativo há uma bandeira LGBT, algo, por
enquanto, impensável no sul católico e conservador europeu.
Bairro Gamle Aker. Numa cidade composta maioritariamente por edifícios
de madeira e sujeita a vários incêndios ao longo da sua História, pouco
resistiu até aos nossos dias. As exceções são Damstredet e Telthusbakken, duas ruas
de paralelepípedos, com casas do final do século XVIII e da primeira metade do
século XIX. No centro de Oslo, fica-se com a sensação que se está no campo.
Em 1991, estive em Oslo pela primeira vez. À época, viviam na capital e em
Bergen vários refugiados da América Latina, que tinham fugido das ditaduras
militares do Chile e da Argentina. Hoje, a paisagem social é bastante
diversificada, como comprova esta equipa de basquetebol. Há descendentes
de diversas proveniências que fazem parte da Noruega do século XXI.
Grünerløkka. Durante o século XIX, a noroeste de
Oslo, começaram a surgir grandes fábricas, dando origem a um novo bairro
operário junto ao rio Akerselva. Ao longo do século XX, o bairro transformou-se
num espaço comercial alternativo e num palco animado para músicos e artistas de
rua.
Fortaleza Akershus. Construída por volta de 1290. Durante a ocupação alemã (1940-45), foi usada como prisão, local de tortura e fuzilamento dos opositores. No final da guerra, Vidkun Quisling, líder do governo pró-nazi da Noruega, foi condenado à morte e executado no pátio da fortaleza (foto). Hoje, é um espaço multiusos ao serviço do Estado: Museu da Resistência, organização de eventos e Mausoléu Real.
Aker Brygge. Passeio marítimo, com arquitetura moderna, galerias de
arte e restauração variada.
Aker Brygge. Astrup Fearnley Museet. Museu de Arte Contemporânea construído pelo arquiteto italiano Renzo Piano, autor do Centro Georges Pompidou, em Paris.