Há dois caminhos a
subir para sair da Calheta: um, ligeiramente mais suave, de 2.5 km, em
ziguezague, pela estrada asfaltada até à ligação da estrada regional; outro, a
pé, mais curto e íngreme, pelo caminho da Ladeira Velha. Ao segundo dia, decidi
sair da vila pelo último. À medida que subia, as pernas pareciam pesar cada vez
mais. O terreno inclinado combinado com o calor e a elevada humidade fizeram
encharcar rapidamente a t-shirt. A frescura do banho matinal e a energia do
pequeno-almoço esgotaram-se em minutos. As vistas compensaram tudo.
Calheta vista para este e mar prateado,
a partir
do miradouro da Cruzinha, no caminho da Ladeira Velha.
Calheta vista para oeste e mar azul,
a partir do
miradouro da Cruzinha, no caminho da Ladeira Velha.
Museu Francisco Lacerda (musicólogo, compositor
e maestro jorgense, 1869-1934).
Instalado numa casa senhorial da Calheta,
alberga uma pequena exposição de fotografias e espólio do autor.
Casas junto ao cais.
Cais da Calheta.
Face à ausência de praia, inventa-se uma zona
balnear junto ao cais.
Eventualmente, a lonjura desmedida do mar e o
afastamento do olhar inquisidor da hierarquia eclesiástica permitiram ao
artista local uma dose elevada de liberdade criativa, usada com assombro
crítico inesperado. Num retábulo da Igreja Matriz de Santa Catarina, um Bispo e
um Papa, ambos de faces angelicais, não escaparam ao fogo do Inferno!
Autorretrato.