sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Fajã dos Vimes

Início do trilho da Fajã dos Vimes na Serra do Topo, num caminho ladeado por hortênsias.

 A bruma invade a serra.

Início da descida da encosta. A partir daqui, segue-se montanha abaixo, por entre vegetação densa de musgos e fetos, numa escadaria tosca e escorregadia.

Primeira visão da Fajã dos Vimes. Esta fajã situa-se na costa sul e pertence à freguesia da Ribeira Seca, concelho da Calheta. É conhecida pelo seu artesanato e pela plantação de cafezeiros! Trata-se, provavelmente, do único lugar na Europa onde se produz café.

Chegada.

Visão geral da fajã. Em plano de fundo, a vegetação cobre o caminho abrupto em escadaria que liga a serra à planície costeira.

Antiga escola primária. Começa a chover…

O Sr. Manuel Nunes é um dos principais produtores de café na Fajã dos Vimes. Tomá-lo é uma experiência exclusiva do Café Nunes, pois a pequena produção apenas se destina ao seu estabelecimento. Não posso comprar café para levar, mas aceitou mostrar-me o seu cafezal: “Os arbustos dão-se bem aqui. Temos calor e humidade suficientes para eles crescerem. Por cada ano bom, segue-se um fraco. A colheita realiza-se entre maio e agosto”. Em relação ao método de produção: “Primeiro, secamos o fruto ao Sol. Assim que a casca ficar seca, debulhamo-la ligeiramente com uma pedra. De seguida, torramos as sementes numa sertã ou num caldeirão a lenha, mexendo frequentemente. Depois de moídas, o café está pronto a ser utilizado. Da plantação até à moagem, todo o trabalho é feito à mão”. Impressão pessoal: o café é mais forte do que o habitual.

Baga de café arábica. Cafezal do Sr. Manuel Nunes.

A caminho da Fajã da Fragueira.

A Fajã dos Vimes ficou para trás.

Fajã da Fragueira, hoje abandonada, terra natal do jorgense mais conhecido, Francisco de Lacerda. A subida para o Portal foi uma obra equivalente a três escadarias da Torre dos Clérigos dentro de uma estufa! Com o coração a bater 40 mil rotações por minuto, fiz várias paragens para recuperar o fôlego e não partir o motor. 

Chegada à Calheta no final da tarde, com o Pico discreto, ao fundo.