À saída de Velas, a caminho dos Rosais, regresso
ao ambiente bucólico.
À entrada do Parque Florestal Sete Fontes, sigo
as indicações da tabuleta:
reduzo a velocidade de 6 para 3 km por hora.
Longo é o caminho até à
Ponta dos Rosais. O prolongado silêncio apenas foi interrompido pelo mugir das
vacas ou pela passagem de um ou outro agricultor.
Vacas sebastiânicas.
Pico e Faial vistos do interior da vigia da
baleia da Ponta dos Rosais.
Pico etéreo.
Complexo do Farol dos Rosais visto da vigia.
Quando foi inaugurado, em 1958, era o melhor
farol do território nacional. Os sismos limitaram-lhe a existência. A crise
sísmica de 1964 forçou a primeira evacuação das famílias que ali viviam; o
terramoto de 1980 provocou o abandono definitivo. Hoje, é um espaço
fantasmagórico. Nas paredes, há registos de breves aventuras de verão e algumas
notas de humor: “Está a ser filmado!”
Degradação e abandono.
Luzes e sombras.
As melhores vistas escondem-se nas traseiras do
complexo. Afastam-se as matas e vemos a Ponta dos Rosais, a cabeça do Dragão, o
penhasco derradeiro de S. Jorge.
Visão aberta do Atlântico, com as ilhas do Pico
e do Faial. Do ponto de vista simbólico, a minha viagem chegou ao fim. O longo
caminho de regresso a Velas deu-me tempo para balanços dos dias jorgenses.