domingo, 3 de setembro de 2023

Pelas ruas de Yerevan


Arquiteturas do passado e presente I.

Arquiteturas do passado e presente II.

Arquiteturas do passado e presente III.

Arquiteturas do passado e presente IV.

Hard Club de Yerevan, instalado numa estrutura estranha na Rua Pushkin, entalada entre um bloco residencial e um revelo soviético.


Catedral S. Gregório, o Iluminador. A Arménia foi o primeiro país do mundo a adotar o cristianismo como religião oficial, no ano 301. Inaugurada em 2001, é o maior edifício religioso do país. Interior cru e de traço antigo.

Enquanto não aparecem fregueses, Mercado Vernissage.

Fábrica de Aguardente Ararat. Fundada em 1887. Na fábrica pode-se acompanhar as fases de produção, apreciar diferentes tipos de aguardentes e visitar um museu. https://en.araratbrandy.com/museum/

A afirmação vale um tratado. Winston Churchill foi introduzido à aguardente arménia por Estaline, na Conferência de Yalta, em 1945. Segundo a lenda, o líder soviético enviava todos os meses garrafas para o primeiro-ministro britânico. No final da vida, afirmou que tinha bebido aguardente suficiente para encher três carruagens de comboio! Morreu com 90 anos! A aguardente favorita de Churchill era esta… https://drinkrituals.com/ararat-dvin


Tabbouleh, salada de bulgur (influência da culinária do Médio Oriente), acompanhada por uma cerveja Erebuni (nome antigo de Yerevan).


Bar-Galeria Mirzoyan. Situado num pátio e casa históricos, funciona como galeria de fotografia, biblioteca e café. O espaço foi idealizado pela fotógrafa Karen Mirzoyan, para disponibilizar a sua coleção de livros de fotografia. 

Bar-Galeria Mirzoyan II.

A Mesquita Azul é um refúgio tranquilo da azáfama da cidade. As paredes estão decoradas com belos azulejos e o edifício está rodeado por jardins bem cuidados. Foi construída no século XVIII, quando a cidade estava sob domínio persa. No momento, é o único espaço religioso muçulmano ativo em Yerevan. Quando a Arménia foi inserida na URSS (1922), a mesquita foi fechada pelos soviéticos. Após a independência (1991), foi reaberta e restaurada com o patrocínio do Irão, que a utiliza como espaço cultural. Em troca, o Irão permitiu que a Arménia restaurasse edifícios religiosos no seu território (Jolfa, arredores de Isfahan, onde se concentra a comunidade arménia do Irão).

Interior da Mesquita Azul.

O Kond é o único bairro que sobreviveu à moderna Yerevan projetada por Tamanian, onde se podem ver vestígios da antiga urbe persa e otomana, composta por um labirinto de ruelas estreitas e sinuosas, becos e casas de barro e pedra.


Café em Kond I.

Café em Kond II.

Café em Kond III.


Museu Sergei Parajanov (1924-1990). Foi um realizador, argumentista e artista plástico arménio-soviético. Numa época em que as autoridades desconfiavam da arte que fugia dos cânones realistas, o estilo cinematográfico singular combinado com a vida privada controversa levaram-no à prisão e à proibição dos seus filmes. O espaço é reflexo da criatividade do autor, com instalações, colagens, assemblages, desenhos, bonecos e chapéus. O clássico “A Cor das Romãs” (1969) pode ser visto no museu. 


Salão de entrada. O Museu Parajanov está classificado como "Tesouro Cultural Europeu de Cinema", tal como a Casa dos irmãos Lumière (Lyon, França), o Centro Memorial Eisenstein (Moscovo, Rússia), o Centro Bergman (Ilha de Faro, Suécia), o Mundo de Tonino Guerra (Pennabilli, Itália) ou as Escadas Potemkin (Odessa, Ucrânia).

Parajanov com Tarkovsky (à direita), em Moscovo, 1981. Pouco antes de morrer, esteve no Porto, numa edição do Fantasporto.

Sergei Parajanov, em "Assinatura para a Eternidade", por Samuel Piloyan.